terça-feira, 14 de junho de 2011

Literatice

O fato é que aquela vida me roubava fôlego. Um fôlego visível, que se deixa ver partir. Pedindo valor... Assim, com olhos nas costas.

Dividir uma vida nunca teve significado tão literal. Antes fosse teu amor pela metade. Teu amor inteiro, não metade. Proponho todo o teu amor pela metade de minha vida.

Teu amor me escapa mais do que fôlego. Teoria que não se ouve e não se lê...

Sono, vidas por trás de páginas ou fantasia... É disso que se nutre aquela existência pura. A pureza, suponho, vem da falta de fome. Um rosto que nunca teve fome de máscaras ou sede de pintura... Nunca foi rosto.

Uma vez o vi. Uma só vez... No auge da existência instintiva ou até mesmo bestial. Nada se desprendeu daquele corpo que se agregasse ao meu.

Não mora, não lembra, não divide, não peca... Não é o que não diz. Não diz o que é. Não é como eu sou. Eu sou! Por mim e por aquele vazio de vida...