quinta-feira, 27 de junho de 2013

Que mundo é esse teu?
Tão teu... Mas que transborda
E me convida,
Me chama...

Me maltrata

Pra onde teus olhos me levam?
Sei que é pra longe
De tudo que é seguro...
E perto de um perigo abstrato,
Estrangeiro

Teu Português me escapa

Sorrisos neologistas...
Que língua falam teus olhos, meu Deus?
Deus?!
...

É o teu olhar
Ele!
Foi por ele que alcancei tua boca
Tuas flores
Teu cheiro TEU

Fui até a Espanha...
E de volta à Beira Mar.
Até a Lua...
E me esqueci (talvez) por lá

Meu corpo está pedindo!
Uma noite com teus olhos
Mesmo sóbrios, me embriagam!

Você andando em direção aos postes...
Eu em direção a você
(Sua vez de rir)

De repente tudo ficou torto
Lento
Tudo ficou claro (pra quem me vê)

Por que minha mania de pés descalços ao invés da tua “mania de mente”?
(Ah... Se tua mente te pedisse meu corpo!)
Só queria mais uns minutos
Perdida em você
E sem hora pra voltar

Mas sabendo o caminho de volta...
(Eu preciso do caminho de volta)

Depois eu trato de tirar os sapatos...
E botar meus pés no chão.

Tua liberdade escravizou.
Eu te quero pra mim!
Sem sorrisos desfocados
Sem olhares turvos

Egoísta, não?!
Te quero no meu mundo...
Te mostrar a beleza que eu vejo
Sem conhecer o teu

Teu sorriso escravo ri da minha tristeza livre

E meu corpo (sem mente?),
Apesar de tudo
Continua insistindo...

Você!

 Junho de 2013

Thaís dê V Lopés