Que mundo é
esse teu?
Tão teu...
Mas que transborda
E me
convida,
Me chama...
Me maltrata
Pra onde
teus olhos me levam?
Sei que é
pra longe
De tudo que
é seguro...
E perto de
um perigo abstrato,
Estrangeiro
Teu
Português me escapa
Sorrisos neologistas...
Que língua
falam teus olhos, meu Deus?
Deus?!
...
É o teu
olhar
Ele!
Foi por ele
que alcancei tua boca
Tuas flores
Teu cheiro
TEU
Fui até a
Espanha...
E de volta
à Beira Mar.
Até a
Lua...
E me
esqueci (talvez) por lá
Meu corpo está
pedindo!
Uma noite
com teus olhos
Mesmo
sóbrios, me embriagam!
Você
andando em direção aos postes...
Eu em
direção a você
(Sua vez de
rir)
De repente
tudo ficou torto
Lento
Tudo ficou
claro (pra quem me vê)
Por que
minha mania de pés descalços ao invés da tua “mania de mente”?
(Ah... Se
tua mente te pedisse meu corpo!)
Só queria
mais uns minutos
Perdida em
você
E sem hora
pra voltar
Mas sabendo
o caminho de volta...
(Eu preciso
do caminho de volta)
Depois eu
trato de tirar os sapatos...
E botar
meus pés no chão.
Tua
liberdade escravizou.
Eu te quero
pra mim!
Sem
sorrisos desfocados
Sem olhares
turvos
Egoísta,
não?!
Te quero no
meu mundo...
Te mostrar
a beleza que eu vejo
Sem
conhecer o teu
Teu sorriso
escravo ri da minha tristeza livre
E meu corpo
(sem mente?),
Apesar de
tudo
Continua insistindo...
Você!
Junho de 2013
Thaís dê V Lopés