quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Pude ver-te sem ser notada...

Ruim é aprender o abraçar despercebido

E ser apenas sensação de mim


Thaís dê V Lopés
03/08/11

terça-feira, 14 de junho de 2011

Literatice

O fato é que aquela vida me roubava fôlego. Um fôlego visível, que se deixa ver partir. Pedindo valor... Assim, com olhos nas costas.

Dividir uma vida nunca teve significado tão literal. Antes fosse teu amor pela metade. Teu amor inteiro, não metade. Proponho todo o teu amor pela metade de minha vida.

Teu amor me escapa mais do que fôlego. Teoria que não se ouve e não se lê...

Sono, vidas por trás de páginas ou fantasia... É disso que se nutre aquela existência pura. A pureza, suponho, vem da falta de fome. Um rosto que nunca teve fome de máscaras ou sede de pintura... Nunca foi rosto.

Uma vez o vi. Uma só vez... No auge da existência instintiva ou até mesmo bestial. Nada se desprendeu daquele corpo que se agregasse ao meu.

Não mora, não lembra, não divide, não peca... Não é o que não diz. Não diz o que é. Não é como eu sou. Eu sou! Por mim e por aquele vazio de vida...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Acorde de si

Que vontade é essa que tenho?
De apostar sorrisos em teus deslizes
Afogar filosofia em tua angústia
Ou em café...

O atrativo torna-se abismo
Revela-se abismo
Tão sabido o tão sabido abismo
Insolúvel

Desejo que sejas o que desejo que sejas
E o que não desejo por não saber desejar

Não me olhes, pois engoles
Em goles
O mundo

Todo dia morres calado
Recheado
Premiado com tristeza

Dou-lhe abraço arisco
Um sorriso de quem ri de si
Diz que sim
Diz que se...

Se não fosse por ela, serias meu
Faria tudo errado, como é certo
Como eu

Minta que admira
Declara que matarias
Quatro anos por um de meus dias

Ah, menino
Rapaz direito, do direito, pra direito
Viver
Rasga, foge, derruba
Pega chuva, menino!

Atua
E faz chover pra molhar

Faz-te crescer torto
Pois és torto em potencial...



Thaís dê V Lopés
27/04/11

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Já sentiste, alguma vez, um vazio estranho?
No inicio eu sorria... Até ri
Comigo
Para meu amigo eu
Tão grande, que bastava

Nas chances que tinha,
se uma estrela me ninava...
O relógio batia em 00h00
Pedido nenhum...

E um sorriso à mais para a sorte

Me abraçava apertado,
Jurava mais vida!
Depois...
Chorava enquanto dormia
Chorava por fora, pois por dentro sorria

Como se preenchesse o vazio circense de meu peito com três beijos
As manhãs se alongavam depois de sonhos curtos
Como sustos não esquecidos
Não corri, nem fugi

Hoje, tudo que me toca, levo ao peito. Como criança. Tudo é pequeno...
Nos meus sonhos, meus sorrisos são grandes e leves
Azuis com rosa
Thaís dê V Lopés
2011