domingo, 6 de dezembro de 2009

Luto

Imagino-me refém.
Luto após a luta.
Contradigo-me.
Uma ferida a cada movimento.
Agonizo. Nego. Guardo. Expulso.
Extingo, extinguindo-me vítima.
Suicídio que é feito da paixão.
Meu reflexo é negro.
Incompreendo.
Vítima, olhos bem abertos, porém.
Se vivo, tudo se esclarece.
Forte e passivo é o Amor, que chega a incomodar.
Negaria-lhe ser sua refém.
É o único que me nega sofrimento mortal.
Lágrimas, sim, eternizadas.
Morro de amor em sonhos que insistem em acordar.
Vivo de amor.
Vivendo eternamente morto de amor.
Morrendo em vida.
Morrendo da vida que construí.
Vivendo da morte que ensaio diariamente.
Tentando morrer em outro alguém e revivendo em ti...
Meu delicioso eterno castigo.


Thaís dê V Lopés
18/10/08

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