Dez reais. Era o preço daquele azul e da minha alegria naquela tarde. Pela primeira vez entrei sozinha na loja ― já segurando a nota de quantia necessária e apontando com segurança o modelo desejado.
Eu mesma paguei pela blusa. Era tamanho único, o que fez de minha visita muito curta.
Minha irmã, quem me fornecera o dinheiro de que precisei, esperava-me lá fora. Obrigara-me a ir sozinha. “Dou-lhe o dinheiro, mas dessa vez você compra a sua blusa”.
Não lembro se me preocupei em agradecer pelo que fez. Parece-me que foi a mais emocionante de minhas compras.
A blusa durou muitos anos. A tarde durará muito mais.
Thaís dê V Lopés
12/07/09
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pelo comentário!