domingo, 6 de dezembro de 2009

Piano

O sono do corpo foi convite à escuridão. Paredes, pensamentos e uma janela. Fim de noite. Mergulhei em meus olhos esquecida de tomar fôlego.

Idéias desalinhadas em risadas e vozes conhecidas. De repente algo mata a repulsa por luz. Concentrei-me numa voz desnorteante...

Sereias, céu, beleza, dança, campo, vestidos, amor, infância, sorriso, emoção. Atração por cenas cortadas, misturadas em um grande painel. Meu corpo dormia. Hesitei em acordá-lo. A voz me mostrou ser música... A música confessou-me cegueira.

E cega eu devia conhecê-la. Olhos carregaram meu corpo pesado da noite. O contraste entre a cegueira e a teimosia deram fim ao delírio.

Thaís di V. Lopes

28/06/09

Um comentário:

  1. Eu lembro!! Ótimos poemas Thaís,parabéns mesmo!
    Li vários... Tem bastante!
    E parabéns pelos prêmios!
    Bjos,Marcelo

    ResponderExcluir

Obrigada pelo comentário!